terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sim, nós podemos... Até Sempre


Resultados Definitivos XIII Congresso Distrital de Coimbra do PS
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Fonte: COC

Último Acto - Discurso XIII Congresso

Caros e caras Camaradas,

Deixem me começar por cumprimentar todos os congressistas presentes e saudar este grande momento de convívio e participação socialista. Concluímos hoje aqui mais um processo de afirmação do Partido Socialista como uma estrutura em permanente reflexão e mutação.

Se havia quem pensasse que o Partido não tinha capacidade de mobilização, que estava em coma e que não era possível afirmar diferenças de projectos e protagonistas, enganou-se.

O Partido Socialista é o maior partido da sociedade portuguesa e isso vê-se aqui neste Congresso com perto de 700 delegados eleitos por todas as concelhias e secções sectoriais do Distrito de Coimbra. Conseguir reunir num congresso distrital tão elevado número de participantes é uma tarefa só possível num partido vivo e actuante. Conseguir mobilizar os militantes para uma participação eleitoral superior a 50% é algo que deve merecer o nosso verdadeiro aplauso.

Quanta emoção vivemos nesse sábado de Outubro.

E sentimos todos um orgulho imenso por conseguirmos demonstrar a todos aqueles que nos criticam, e que são críticos dos partidos políticos, como só um partido como o nosso conseguia mobilizar em alguns concelhos um eleitorado activo, que nalguns locais atingiu valores superiores a 75 %.

É pois para todos vocês a minha primeira saudação. Por terem sabido dizer presente quando foram chamados a participar.

A segunda é obviamente para o novo presidente da Federação. Meu caro Victor Batista, os meus sinceros cumprimentos e públicos parabéns pelo excelente resultado que conseguiste obter, o que prova a tua enorme capacidade de trabalho e a tua grande sagacidade politico-estrategica. Não é fácil essa função e muito menos quando se tem já dois mandatos. Mas soubeste encontrar capacidade e força para derrotar um projecto diferente para o partido que eu protagonizava. Conseguiste ser mais convincente. E tiveste o apoio de todos aqueles que te reconheceram mérito, liderança e qualidade política, para além de uma forte ligação a Lisboa.

Reconheço que não partilho contigo a importância de estar em Lisboa para o desempenho do cargo de Presidente da Federação Distrital de Coimbra, particularmente quando se aproximam actos eleitorais sucessivos em 2009. É que essa tua presença na Assembleia da República vai exigir de ti um enorme esforço para conseguires acompanhar em permanência as movimentações próprias dessas alturas. Mas sei que saberás responder à altura e que conseguirás conciliar a tua intensa actividade parlamentar com esses momentos eleitorais.

Concluído o nosso processo eleitoral é evidente que poderás contar com a unidade desta grande família socialista para te ajudar nessa difícil missão. Nem passaria pela cabeça de ninguém que assim não fosse. Uma unidade que é apanágio do partido socialista, sem reservas, com contributos positivos de todos, sem divisões e sem… piriquitos (que como sabes com 3 is é nome próprio). Recordo-te esse texto porque ele não deve, nem pode repetir-se.

Precisamos de estar verdadeiramente unidos para comemorarmos vitórias nos próximos actos eleitorais que se avizinham. De mim podes esperar solidariedade política e unidade na nossa afirmação política externa e na construção de projectos políticos vencedores, de projectos que nos afirmem na sociedade extra-partidária e que possam transformar o PS de Coimbra como o partido com mais autarquias no Distrito e com resultados eleitorais que sejam o nosso orgulho nas eleições para o Parlamento Europeu e para as Legislativas.

Espero reciprocidade na construção dessa unidade e nessa vontade. Somos, eu e os que comigo estiveram neste processo eleitoral, militantes responsáveis. Temos sentido de serviço ao partido e ao país, acreditamos que os processos eleitorais são afirmações de projectos políticos alternativos e não disputas pessoais; Acreditamos na pluralidade de opiniões e na crítica como contributo positivo do debate político, rejeitamos o pensamento único e a atitude sancionatória ou repressiva sobre aqueles que pensam diferente; Temos do poder uma visão desapegada porque só o entendemos como verdadeiro quando ele reflecte a legitimidade do processo eleitoral e corresponde à realidade da vontade colectiva tomada conscientemente. E olhamos cada militante do nosso partido como nosso camarada, como nosso irmão, a quem devemos real solidariedade e respeitamos o seu direito de nos exigir responsabilidades pelos cargos que exercemos em nome deles.

Sei, direi mesmo, estou seguro, meu caro Victor que esta tua eleição para Presidente de todos nós socialistas de Coimbra não deixará de ter isso em consideração, porque essa é minha convicção. Quero, claramente e sem reservas afirmar que és o meu Presidente de Federação. E que serei sempre e apenas um militante mais da comissão política que estará solidário contigo nas decisões legitimas e participadas que tomares. Até porque cada mandato é um momento novo. Um momento de construção de um futuro diferente. Um momento em que se melhora o que está bem e se corrige o que se fez mal, convicta ou inconscientemente.

Eu confesso que o anterior Presidente da Federação não me era muito simpático. Até te confidencio que ele também não gostava lá muito de mim. Eu nunca entendi porquê. E ainda hoje não consigo entender uma só razão pessoal para ele não gostar de mim. Política até entendia. Agora vê se entendes alguma lógica em colocar uma questão política e legítima de pensamento numa questão de carácter pessoal? De tal forma que o seu objectivo público era tão eticamente condenável que coro de pudor só em pensar e o respeito pelo Presidente agora eleito me impede de divulgar. Se tiveres com ele, faz o favor de lhe dizer que esteve mal aí e que esses comportamentos geram outros comportamentos e provocam divisões graves no partido e tornam a construção da unidade uma tarefa complexa e dolorosa.

E não me esqueço a última que ele me fez quando ainda se metamorfoseava nesse homem novo que espero encontrar no novo Presidente da Federação. Aquela de sem dizer nada e a poucos dias do acto eleitoral ir requerer a redução de todas as quotas para um euro, com retroactividade. Essa medida de excepção para Coimbra e que não foi alargada aos actos eleitorais de outras federações mereceu o meu aplauso e podia ter sido acordada a dois e validada pela organização. Mas quis fazer tudo sozinho. A solidariedade como sabes é a minha vocação pelo que não deixaria de concordar com tal proposta em benefício dos militantes do nosso distrito. Até porque sei que depois disso o tal Presidente não deixaria de ajudar todos os que precisam de as ver pagas. Mas tenho a certeza de que contigo a Presidente isso não se repetirá.

Por mim esse passado está enterrado. Custa claro esquecer algumas coisas. Algumas nem vale a pena falar nelas porque não nos dignificam. Estivemos mal. Em algumas situações muito mal. Claro que não me excluo e reconheço alguns momentos menos felizes, mas no deve e haver acredito-me credor. Por todos eles, e pela necessidade de definitivamente unir esta grande família socialista de Coimbra, devemos assumir o compromisso de sermos diferentes e de não se voltarem a repetir actos e comportamentos semelhantes.

Com todos os camaradas que por esta ou aquela razão divergirem de nós façamos algo tão simples e que custa tão pouco: discordemos mas respeitemos. E estejamos unidos no que é verdadeiramente essencial. A afirmação do projecto socialista.

Está pois aqui dado o meu contributo para a unidade. Para que seja possível reviver o partido socialista que motivou a minha adesão e a minha determinação em o servir. Se havia alguma preocupação quanto a essa vontade ela que fique aqui afastada definitivamente. Com a transparência e segurança de quem no momento certo não teve a mínima dúvida em afirmar a sua crítica e a sua diferença. Com a legitimidade que daí lhe advém e que é a mesma que lhe permitirá sempre ser construtivamente crítico quando divergir.

E aqui deixo a minha visão sobre o que deve ser o futuro do PS em Coimbra, e que deve ser acrescentado ao que atrás refiro.

Os partidos políticos são hoje olhados com desconfiança pelos cidadãos, o que deve merecer de nós todos uma profunda e intensa reflexão. Não enterremos a cabeça na areia. Há uma manobra invisível que visa a sua descredibilização à qual nós não temos sabido contrariar e, nalguns casos, temos contribuído involuntariamente para essa imagem. É por isso necessário e urgente desenvolver uma actividade política mais aberta aos não militantes, sem receio e com vontade de percepcionar as suas reais preocupações. Temos de ser capazes de ir ao encontro deles e não nos fecharmos entre quatro paredes das nossas sedes. É no confronto de ideias que nós temos condições de os convencer e mobilizar para o nosso projecto político e não isolando-nos deles.

Mas para isso precisamos de reflectir também sobre a nossa postura e sobre a necessidade de desenvolvermos comportamentos eticamente inatacáveis, termos a preocupação de ouvir e resolver as angústias do eleitorado e criarmos com ele uma relação de afectividade real e não mascarada. Os cidadãos esperam de nós a defesa de projectos e dos que exercem funções públicas sentido de serviço público. E nós devemos satisfazer essas exigências porque só existimos se eles confiarem que somos capazes, que somos melhores, que somos a solução e não o problema.

Para isso apelo aos nossos camaradas e aos que vão conduzir os destinos da federação para uma verdadeira preocupação com este real problema. O da credibilização dos partidos políticos e, no caso que nos importa, o da preocupação com a nossa credibilização.

Temos de ser capazes de fazer debate político. Abrirmos aos militantes a possibilidade de afirmarem as suas ideias, os seus sonhos, as suas angústias. E podíamos ter começado isso aqui. Não faz sentido que um Congresso Federativo tenha uma duração de um dia. Recordo que há alguns anos atrás, daqueles que me lembro e tenho saudades, os congressos federativos eram em 3 dias. Passaram a ser em dois. E estamos num dia. Como potenciar novos valores, como promover o debate político se o tempo é curto e as intervenções limitadas. Não estou a discutir factos consumados. Este será assim. Ponto. Mas pensemos os próximos de forma diferente e comecemos por lançar esse movimento realizando as comissões políticas estatutariamente previstas e dando espaço ao debate. É uma recomendação que aqui te lanço, caro Presidente.

Temos também de rapidamente desenvolver o processo de selecção dos nossos candidatos autárquicos principalmente nos concelhos em que somos a oposição. Já começa a ser tarde para se fazer esse trabalho e não encontro razões para não estarem já definidas nas comissões políticas concelhias as datas de apresentação dos candidatos. Durante o nosso processo eleitoral para a Federação foi consensual entre ambos os candidatos a autonomia das Comissões Politicas Concelhias na escolha dos candidatos às autarquias. Pelo que o acto eleitoral para a federação não pode ser o motivo de tal indefinição. Hão-de existir em cada concelho boas opções para nos darem vitórias. As concelhias devem fazer as suas escolhas com o objectivo de vencer pelo que se deve escolher o melhor candidato. E concelhos há em que os Presidentes das Concelhias têm condições de protagonizarem essas candidaturas se estiverem com dificuldades em encontrar um perfil ganhador. Mas a cada concelho a sua decisão, com a lógica de que nenhum calculismo pessoal pode sobrepor se ao interesse colectivo.

Seguindo aquela que era nossa moção e objectivo, as escolhas de deputados devem ser votadas em processo aberto e plural, com critérios regionais de distribuição dos representantes para que se possa fazer uma ligação mais estreita entre o deputado e os que os escolhem. Aliás a proposta de revisão da lei eleitoral do PS vai ainda mais longe nessa visão de estreitamento da relação entre o eleito e o eleitor pelo que esta nossa proposta se encaixa nos movimentos modernos do nosso partido socialista. Saudando a hipótese de círculos serem regionais, não deixa também de merecer a nossa reflexão e a provável preocupação de muitos, que não minha, a redução para mais de metade do número de deputados no nosso círculo eleitoral.

Quero estar solidário com aquela que penso ser a vontade do nosso novo Presidente da Federação e reclamar o direito do nosso Distrito continuar a ter um deputado no Parlamento Europeu. Temos uma tradição e uma história de excelentes eurodeputados. Mas aí deixo a tarefa ao meu caro Victor Batista, sabendo que pode contar com o apoio de toda a Distrital na escolha do nosso representante.

Para o fim deixei uma palavra para o nosso Secretário-geral e Primeiro-ministro. Quero dizer-lhe que temos sentido orgulho em fazermos parte de um partido que tem sabido assumir as reformas que o País necessita e que tem revelado uma permanente preocupação com as políticas sociais e com o reforço e qualificação dos equipamentos que estão ao serviço dos que mais necessitam.

Aqui de Coimbra fica a mensagem que a unidade será construída na diversidade e com a vontade de ambas as partes em construí-la, porque é dever democrático de quem perde aceitar sem mágoa ou azedume os resultados e saudar os vencedores como é dever democrático de quem vence respeitar a divergência de posições e opiniões dos que perderam, aceitando a diversidade e construindo num dialogo aberto e responsável um partido mais forte, mais coeso e mais solidário.

Viva o PS

Viva a Federação de Coimbra

sábado, 8 de novembro de 2008

Jantar Confraternização

Ontem num restaurante em Ança, Cantanhede, os delegados eleitos pela moção "Assumir a Diferença" jantaram para confraternizar e analisar os resultados da última eleição para a Federação. Num jantar muito bem-disposto e participado foi notória a relação de solidariedade e amizade entre todos os presentes. Este foi mais um momento de partilha e o concluir deste processo eleitoral. Continuaremos presentes e empenhados nas vitórias que o partido pretende obter nos diversos actos eleitorais futuros. E o partido estará unido. Mas a unidade é feita por quem vence. Quem perde só lhe resta render-se ou lutar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Resultados Finais

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Fonte: COC - Comissão Organizadora do Congresso

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Eleições para Presidente das Federações

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Fonte: Acção Socialista

sábado, 1 de novembro de 2008

Eleições em Pereira

Moção Assumir Diferença cujo primeiro subscritor é o Camarada Mário Ruivo vence eleição na secção Pereira por 18 a 12. As eleições foram repetidas por ter ocorrido um empate a 19 nas eleições de Sábado. Recorde-se que para a Presidência Mário Ruivo ganhou nesta secção por 20 a 19. Sobe assim para 256 o número de delegados eleitos por esta candidatura.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Resultados Eleições

Resultados das eleições para a Federação Distrital de Coimbra:
Lista A - 1424 (41%)
Lista B - 2086 (59%)

Esta candidatura obteve vitória nos seguintes concelhos:
  • Arganil;
  • Coimbra (incluindo sectoriais);
  • Mira;
  • Oliveira do Hospital;
  • Vila Nova de Poiares;

Esta candidatura obteve vitória nas seguintes secções:
  • Arganil nas secções de Arganil e Folques;
  • Cantanhede nas secções de Ança, Febres e Tocha;
  • Coimbra nas secções de Almedina, Antanhol, Assafarge, Cernache, Eiras, Santa Cruz, Santo António dos Olivais, São Martinho Árvore, São Silvestre, Sé Nova, Souselas, Trouxemil, Ambiente, Assuntos Europeus, CTT, Educação, IEFP e Portugal Telecom;
  • Figueira da Foz nas secções de Borda do Campo, Figueira da Foz, Maiorca e Marinha das Ondas;
  • Mira na secção de Mira;
  • Montemor-o-Velho nas secções de Arazede, Pereira, Tentugal e Verride;
  • Oliveira do Hospital nas secções de Lagares da Beira e Oliveira do Hospital;
  • Soure na secção de Samuel;
  • Vila Nova de Poiares na secção de Vila Nova de Poiares;
Agradecemos a confiança que estas secções tiveram nos nossos delegados e no nosso candidato à presidência da Federação.

A todos os que apoiaram e votaram nesta candidatura o nosso agradecimento.

sábado, 25 de outubro de 2008

Pampilhosa da Serra - A verdade da lista de delegados

Anselmo Casimiro Ramos Gonçalves
Militante do Partido Socialista n.º 44400
Federação Distrital de Coimbra

À C.O.C / Coimbra

Tendo tido conhecimento apenas hoje sábado dia 25 de Outubro de 2008, que encabeçava a lista de Delegados apoiante do Camarada Victor Batista no concelho de Pampilhosa da Serra, venho por este meio solicitar que seja de imediato suprimido o meu nome como Delegado apoiante da candidatura já referida, pois não sou seu apoiante.

O camarada Victor usou de abuso de confiança não me consultando sequer se queria ser Delegado, assim como nem sequer me solicitou autorização para encabeçar a referida lista.

O camarada Victor, assim, não enobrece o acto político, como destrói um pouco o que foi conquistado à 34 anos e seis meses (exactamente hoje) refiro-me ao 25 de Abril e à conquista da Democracia.

Com os melhores cumprimentos
Anselmo Casimiro Ramos Gonçalves

P.S. O meu nome deverá imediatamente ser suprimido dos documentos expostos no local de votação em Pampilhosa da Serra, assim como dos documentos da candidatura do camarada Victor.


Documento Original enviado por e-mail à COC

MÁRIO RUIVO: Sócrates vai saber dos "actos indignos"

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In: Diário As Beiras - 24-10-2008

Ruivo acusa Baptista de acções "indignas do PS"

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In: Diário de Coimbra - 24-10-2008

PS - a mudança necessária

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In: Diário de Coimbra - 24-10-2008

Escolher novos políticos no PS/Coimbra

Educar é tornar o Homem cooperativo, determinado na consecução dos objectivos que se propõe alcançar e é também descentralizar, diversificar, de modo a proporcionar uma correcta adaptação às diversas realidades que nos rodeiam.

Fazem-se sentir actualmente grandes mutações na organização social e na estrutura das mentalidades.
Estas mudanças devem ser acompanhadas por transformações significativas dos políticos que nos dirigem.
Devemos preparar-nos para esta opção e até, se possível, anteciparmo-nos a essas decisões.
Teremos de nos abrir à sociedade e saber dos seus anseios e das suas necessidades, se quisermos ser ouvidos e respeitados.
É pois, necessário, escolher novos políticos, com ideias novas, criativos e credíveis, sem nos fixarmos em nomes. São precisas as ideias e estas devem ser sempre postas em prática. Não basta enunciá-las!
Sou uma “jovem”, de 78 anos, nascida em Coimbra, em 29/11/29, que sofreu ao longo dos anos muitas desilusões e muitas injustiças.
Nos anos 50, quando frequentava a Universidade, ouvia-se por todo o lado: “Erguei-vos jovens!”
Era um grito de revolta, mas também de Esperança.
Naquele tempo erguíamo-nos contra a opressão, o obscurantismo e a violência!
Apesar de tudo foram os melhores anos da nossa vida porque éramos jovens e acreditávamos que o mundo seria diferente! Sonhávamos porque o sonho comanda a vida e aos jovens (que são o potencial de riqueza de um país e dos quais tudo depende), todos os sonhos são permitidos.
Hoje, como ontem, devemos todos, jovens e menos jovens, erguer-nos, não contra a opressão porque, espero, esta esteja erradicada do nosso país, mas erguemo-nos sempre contra a mentira, a hipocrisia e o oportunismo.
Ou optamos pelo provincianismo bacoco e balofo, pelo oportunismo político que grassa por aí, ou optamos pelo futuro, seguro e certo, um futuro definido pelos socialistas e para os socialistas do nosso distrito e do nosso país.
Devemos criar as condições necessárias para vencer as lutas e os desafios que aí vêm. Está na nossa mão a escolha e depois desta, está também na nossa mão exigir o cumprimento de tudo aquilo pelo qual lutámos e nos foi prometido.
Eu confio em todos nós, no nosso empenho e na nossa inteligência.
Optaremos pela mudança certa, com o rumo entretanto definido e que é por todos tão desejado!

Maria Teresa Coimbra

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Encontro em Ribeira de Frades

No passado dia 8/Outubro, Mário Ruivo foi recebido pelos militantes da Secção de Ribeira de Frades, no âmbito da campanha para a Federação Distrital.
Nestes encontros, o candidato esclareceu os militantes das razões que o levam a candidatar-se à Federação, entre as quais “ajudar a recuperar a credibilidade do PS, onde todos terão lugar”. Não aceita por isso, nada fazer “quando se assiste ao PS a afastar-se da sociedade civil”. Para Mário Ruivo, ele é apenas “o rosto de todos aqueles que querem uma mudança no PS em Coimbra”. Por isso, “é a altura de se avaliar o que foi feito a nível da Federação e aquilo que é a alternativa que eu proponho”.
Jorge Veloso, que, segundo disse, “estava ali mais para ouvir do que para falar”, acabou por fazer uma longa intervenção, onde fez uma minuciosa análise sobre a sua secção e freguesia e, num âmbito mais alargado politicamente, referiu que “há cambalhotas na política e há vitórias que eram preferíveis não ter, como foi o caso de Soure”.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

Encontro em Arazede

No âmbito da campanha para a presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, Mário Ruivo encontrou-se no passado dia 5/Outubro com militantes da Secção de Arazede.
Cavaleiro Jorge, abriu a sessão afirmando que “era preciso criar uma alternativa” e essa é também uma das razões que o levam a apoiar Mário Ruivo.
Maricato usou também da palavra, para dizer que “embora todos saibam que sempre fui um apoiante do Victor Baptista, estou profundamente desiludido com ele, pelo que estamos aqui para manifestar o nosso apoio a Mário Ruivo”.
O candidato aproveitou para agradecer a presença de todos e espera “aproveitar as experiências e os conhecimentos de todos aqueles que connosco queiram trabalhar”. Lamentou que “alguns camaradas estejam a sofrer pressões por apoiarem a minha candidatura” e espera que a sua vitória também sirva para pacificar a família socialista. Lembrou, mais uma vez, que ganhando a Federação, iria continuar a trabalhar em Coimbra.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

Encontro com a Secção da Educação

Ao longo desta campanha eleitoral para a Federação, o candidato Mário Ruivo tem-se deslocado aos mais variados locais do distrito, para se reunir com militantes socialistas. Umas vezes por iniciativa da sua comissão de candidatura, outras por solicitação das respectivas secções.
Desta vez, o encontro decorreu por iniciativa da Secção da Educação, no passado dia 2/Outubro, e era para ser um debate entre os dois candidatos. Tal não foi possível, porque só Mário Ruivo marcou presença, pelo que o debate se transformou num encontro de militantes, com uma das secções sectoriais mais activas do partido.
Victor Gonçalves, secretário-coordenador da Secção da Educação, fez uma análise geral dos problemas que mais preocupam os professores. A título mais pessoal, disse que “apoio Mário Ruivo por questões políticas e é também por razões políticas que não apoio Victor Baptista”. Referiu também, que admitia haver “pessoas que não estão aqui hoje para não se incomodarem, mas que seguramente irão votar maioritariamente no Mário Ruivo”. A razão é simples, “o presidente da Federação só falou uma vez comigo e não temos sentido dele qualquer apoio”, disse o secretário-coordenador da Educação.
Mário Ruivo, começou por dizer que “vinha para um debate”, que não aconteceu. Não valorizou muito esse facto, dado que “o mesmo já tinha acontecido com a Secção dos Olivais”. Entre outras razões, disse que também se candidata porque “o partido está completamente desmobilizado”. Por isso, é sua intenção “criar secções que venham a apoiar as direcções concelhias e a própria Federação”. Defendeu que “o Secretariado da Federação dever ter representado os vários saberes, incluindo os especialistas em organização, como factor de mobilização da própria Federação”.
Foram vários os militantes que intervieram neste encontro, ora para fazerem análise política, ora para declararem o apoio a Mário Ruivo. Destas intervenções, destaca-se a do médico e professor universitário Paiva de Carvalho, que neste momento exerce as funções de Governador Civil de Leiria. “Estou aqui pela coragem que tem trazido a esta eleição”, a qual tem acompanhado. Lamenta que em vez de “solidariedade, tem havido é fidelidade”, o que é inaceitável num partido democrático. Entende que “há pessoas que têm de saber sair a tempo, mas o apego ao poder não os deixam ter essa clarividência”. A terminar, defendeu que “é fundamental mudar”. Dirigindo-se directamente ao candidato Mário Ruivo, disse-lhe: “Venho aqui pessoalmente para lhe transmitir o meu apoio”.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Entrevista de Mário Ruivo

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In: Diário As Beiras - 23/10/2008

“Contra Salazar”

Salazar é um nome incontornável do mundo editorial. Muitos têm sido os títulos vindos a público nos últimos tempos, quase todos, envergonhadamente, branqueando as suas políticas e aligeirando a sua responsabilidade pessoal no regime fascista que terminou a 25 de Abril de 1974. É verdade que a vida do ditador, resguardada dos olhares indiscretos, potencia, ainda hoje, imensa curiosidade e, por isso, aparecem livros sobre os vinhos, o alfaiate, o sapateiro, as meias brancas, a música, o fotógrafo, a D. Maria, governanta e fiel como os cães, os marmelos e outras guloseimas, tudo em livros de capas duras e muito cuidadas, a condizer com o respeitinho que o ditador infundia. Mas a verdade é que Salazar era um ditador fascista, inteligente e com voz de comando que decapitava todos os que ousavam pensar para além dos limites do regime. Muitos foram os portugueses que pagaram com a própria vida o terem discordado, resistido e combatido pela liberdade.
A “Revolução Nacional”, 28 de Maio de 1926, alimentou a esperança de muitos portugueses, mas rapidamente se esfumou com a queda da máscara do ditador. Fernando Pessoa foi um desses portugueses que alimentou alguma esperança, mas rapidamente percebeu que o lente de Coimbra, muito embora a visibilidade que granjeou como titular das finanças públicas, era um imitador dos regimes totalitários europeus. Fernando Pessoa confirmou que o Estado Novo era a máquina da intolerância ao serviço de Oliveira Salazar. Para isso, muito terão contribuído, em 1935, dois acontecimentos: “a aprovação, pela Assembleia Nacional, de um projecto de lei, apresentado pelo deputado José Cabral, proibindo as Sociedades Secretas (como a Maçonaria) e a intervenção do Presidente do Conselho de Ministros na cerimónia de atribuição dos Prémios do Secretariado da Propaganda Nacional, em que a “Mensagem” foi um dos livros distinguidos”. A resposta de Fernando Pessoa, ao projecto de José Cabral, surgiu num violentíssimo artigo, intitulado “Sociedades Secretas” , publicado no “Diário de Lisboa”.
“Contra Salazar” é o título de um livro, que reúne tudo o que Fernando Pessoa escreveu contra Salazar; é um trabalho do Prof. Doutor António Apolinário Loureço, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e será apresentado no próximo sábado, dia 25 de Outubro de 2008, na Livraria Almedina, pelo escritor e Ex-Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, Dr. António Arnaut. Um livro a não perder e de leitura obrigatória.
Deste livro recordo uma passagem de um artigo de Fernando Pessoa que poderia ter outras leituras nalguns contextos que hoje vivemos: “Há três maneiras de ser situacionista, isto é, de ser partidário de qualquer situação política. A primeira é a conformidade por doutrina; a segunda a conformidade por aceitação; a terceira a conformidade por não-oposição. Deixo de parte uma das mais vulgares – a conformidade por vantagem -, porque não é disso que se trata, pelo menos em mim”.
Esta citação de Fernando Pessoa traz-me à memória as eleições para a Federação do Partido Socialista de Coimbra, que vão realizar-se no próximo sábado, dia 25 de Outubro. A candidatura de Mário Ruivo realizou, a semana passada, um grandioso jantar, com mais de mil militantes vindos de todo o Distrito. Foi um verdadeiro grito de liberdade e uma grande manifestação de desejo de mudança. Hoje, sabe-se que muitos militantes vão votar contra a situação, contra a decadência, contra o conformismo, contra as leis da aritmética e do calculismo político, contra aqueles que tendo responsabilidades geracionais se rendem aos “Velhos do Restelo”. Por isso, vão votar em Mário Ruivo, na LISTA A. Sejam ousados, sejam capazes de mudar, sejam livres e corajosos. Façam história, digam não como Fernando Pessoa!

António Vilhena
In: Diário de Coimbra - 23/10/2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Mário Ruivo visita CGTP e UGT

Mais uma iniciativa "PS Presente". Mário Ruivo, candidato à Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, continua a recriar a tradição de proximidade do Partido no distrito com as instituições da sociedade civil. Desta vez, as centrais sindicais mais representativas do distrito, CGTP e UGT, receberam o candidato partilhando as suas apreensões, e projectos, sobre o regime geral do trabalho e do trabalhador para a região e, mais abrangente, para o país.
António Moreira, coordenador da União dos Sindicatos de Coimbra, e Jorge Vicente, do Sindicato de Cerâmicas da Região Centro, mostraram-se preocupados em relação à situação de desemprego que se vive actualmente no distrito e, posteriormente, em relação ao forte declínio da indústria que acelera o problema anterior.
Francisco Carapinha, coordenador da Região Centro da UGT, propõe um equilíbrio racional face ao desemprego, do qual depende a sustentabilidade laboral, e cuja responsabilidade é, aliás e também, da UGT, nas acções de concertação social.
Concerne, ainda, à preocupação dos sindicalistas, a forte descapitalização das empresas, onde o investimento, insignificante, compromete a sustentabilidade e atrapalha o desenvolvimento.
Mário Ruivo, centra a resolução destes problemas e projectos em filosofias de intervenção com princípios. Princípios socialistas. Deixa a disponibilidade para um diálogo mais permanente, baseado num ponto de confiança entre as partes, discordantes quando necessárias, mas nunca ausentes.

Mário Ruivo visita Associação Comercial e Industrial de Coimbra

Mário Ruivo, candidato a Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, e em iniciativa do "PS Presente" continua a visitar as instituições que mais representam o distrito. Em sede da Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACIC), foi recebido pelo seu presidente Paulo Mendes, e pelos vice-presidentes, de comércio e indústria respectivamente, Arménio Henriques e Belarmino Azevedo.
O candidato ouviu algumas das preocupações desta associação, que representa e valoriza grande parte do tecido empresarial do distrito, quanto ao desenvolvimento da sua área de influência. Destaques para:
  1. A requalificação urbana da Baixa de Coimbra - um dos projectos mais importantes para a cidade, onde o canal do Metro é obra fundamental de aproximação de espaços, e a saída do tribunal é o acentuar da desertificação humana.
  2. A construção do IC3 e do IC7 fundamental para o desenvolvimento do tecido empresarial no interior do distrito.
  3. A alteração da lei dos saldos, em concordância com as circunstâncias de cada país, num contexto europeu.
  4. E a falta de espaços para investimento e implantação de indústrias no Concelho.
Mário Ruivo, saudado pela iniciativa, mostrou-se a par dos problemas enunciados, e disponibilizou-se para debater, agora como presidente da Federação Distrital do PS de Coimbra, estas e outras preocupações da associação junto das autoridades governativas do país e das autarquias.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Grande Jantar/Comício de encerramento da campanha de MÁRIO RUIVO

Se alguns socialistas de Coimbra, ainda tinham dúvidas de quem será o próximo presidente da Federação Distrital do Coimbra do Partido Socialista, o jantar/comício da candidatura de Mário Ruivo, realizado no passado Sábado, mostrou a verdadeira dinâmica da vitória. A uma semana do acto eleitoral federativo, é já no próximo Sábado (25/10/2008), e segundo os dados fornecidos pelos próprios elementos da organização, foram mais de um milhar aqueles que quiseram ver e ouvir o próximo presidente da Federação Distrital do PS/Coimbra.
Neste jantar/comício, havia militantes de todas as gerações e de todos os concelhos, uns chegados há pouco tempo ao partido e outros que o ajudaram a fundar. Foi um autêntico encontro de gerações, onde a palavra Camarada ganhou novamente um forte significado socialista. Pela enchente conseguida, verificou-se que a postura desta candidatura em falar verdade, está a ter aceitação em cada vez mais militantes. Um outro dado significativo foi a quantidade de mulheres socialistas presentes, o que contraria a ideia que elas estão afastadas da política. Se estão, isso não acontece nos apoios demonstrados a Mário Ruivo.
Depois do jantar e antes do comício, os presentes foram brindados com uma excelente actuação do Grupo de Fados e Guitarradas “Verdes Anos”. Foi um bom separador musical, antes das intervenções políticas.
Tal como no jantar de apresentação da candidatura de Mário Ruivo, a 31/01/2008, coube a Benjamim Lousada apresentar os vários intervenientes da noite.
O primeiro foi Paulo Valério, que relembrou que “o que está hoje em jogo são eleições para a Federação”. Lembrou que “em cada momento é preciso escolher os melhores para conduzirem o nosso barco (PS/Coimbra)”. Por isso, entende que os militantes não se podem iludir por “vendedores de ilusões” e que esta candidatura deve estar orgulhosa pelo trabalho que tem sido feito. Enalteceu a coragem de Mário Ruivo em “assumir a diferença” neste combate eleitoral. Dizendo que “é nestas alturas que se vê a fibra dos homens”, para concluir: “Estou empenhado nesta candidatura e acredito na sua vitória”.
A segunda intervenção da noite coube a Horácia Pedrosa, para quem “aquilo que se passou em Soure, jamais aconteceria com Mário Ruivo”. Informou aquele salão cheio de socialistas, que “neste momento é muito difícil fazer política”, por isso apelou à mobilização de todos, em especial às muitas mulheres presentes. Num discurso que empolgou a assistência, defendeu que “temos que dizer não a quem nos quer impor as suas vontades. Eu não digo mal do Victor Baptista, mas digo que ele não tem perfil para o cargo de presidente da Federação”, disse Horácia Pedrosa.
Rosa Pita foi outra das intervenientes. Afirmou que “nas últimas semanas, tem havido camaradas nossos a serem ameaçados e por isso têm medo de estar aqui connosco e têm pedido para falar comigo às escondidas”. Por isso, desafiou todos os presentes a ajudarem a terminar com este clima de medo, porque “quem está na Federação vale muito pouco”, para relembrar que “há muita gente que arriscou a vida para fundar o Partido Socialista”, pelo que “é necessário apoiar agora os militantes que se sentem ameaçados e com medo”.
Quem interveio também foi Francisco Rolo. Para este dirigente de Oliveira do Hospital, que “está há muito com Mário Ruivo”, disse que “é importante que cada militante leve a verdadeira mensagem de Mário Ruivo a todos os outros militantes, porque é preciso acreditar no verdadeiro PS, que está nesta candidatura. Acredito no Mário Ruivo e ele dá-me as garantias de ser um homem de esquerda”.
Manuel da Costa, coordenador desta candidatura, começou por afirmar: “Pensei que já não havia PS, mas hoje fiquei satisfeito porque encontrei aqui o verdadeiro PS”. Numa análise global, afirmou que “o que se está a passar no mundo, veio demonstrar a importância da política, que é o que tem faltado em Coimbra.” Segundo disse, “sou um pré-histórico no PS e por isso às vezes interrogava-me se ainda podia ser útil neste partido”. A resposta é afirmativa, quando vê que Coimbra perdeu importância e que o partido em Coimbra se desviou dos seus princípios e orientações. Sobre o Governo, disse que “ainda bem que tivemos um governo socialista que pôs as contas em dia, para agora poder dar uma resposta firme a esta crise mundial”. A terminar, disse: “Queremos uma Nova Federação e não outra Federação. Aconteça o que acontecer, este movimento é imparável”.
Seguiu-se a apresentação dum filme, que representava o trajecto do candidato por todo o distrito e as fotos que mostravam os contactos que teve com os militantes a quem foi transmitindo as razões da sua candidatura. Foram lidas algumas mensagens de apoio, em especial uma de Alexandre Vicente, que foi funcionário do PS durante 27 anos, e que apelou ao voto em Ruivo.
O candidato Mário Ruivo começou a sua intervenção de forma emocionada, porque perante tanta gente presente, disse que “Queria neste momento recordar o camarada António Bronze, saudar o António Amaro e enviar um beijo especial aos meus filhos Margarida, Miguel e Manel (seu filho recém-nascido) e à Carla Violante (sua mulher e que foi mãe há poucos dias). Bem sei que eles gostariam muito de estar aqui”.
Em termos mais políticos, afirmou: “Hoje estamos aqui (cantinas centrais) mas acredito que dia 25 (dia das eleições) estaremos ali ao lado, devolvo a Sede Distrital a todos vós, a todos os militantes do PS, sem vencedores nem vencidos”. Para que tal aconteça, apelou ao empenhamento de todos e relembrou que “este é um combate político, nunca foi pessoal, apesar de alguns só se preocuparem a passar essa mensagem”. Sente-se compensado, por ao longo deste tempo, “ter resistido sempre às ameaças, ofensas pessoais e propostas para desistir”. Recuperou o tema do medo, que todos os intervenientes referiram, para dizer: “Em nome do PS, peço desculpa a todos aqueles camaradas que têm sido ameaçados e pressionados por membros da outra candidatura. Comigo nunca tal acontecerá, nem permitirei que o façam. O PS é um partido plural e o poder não se impõe, legitima-se”. Para as mais de mil pessoas presentes, afirmou: “Olhem bem à vossa volta para que depois não venha ninguém dizer que os que aqui estão são convidados ou de qualquer IPSS. Não precisamos. Nunca precisei”. A terminar, declarou que “bem sei que há quem não goste de ouvir. Mas aqui vos garanto que vou ser eleito presidente da Federação e não vou para a Assembleia da República, nem para o Parlamento Europeu. Fico em Coimbra, porque a Nova Federação precisa dum presidente que esteja presente em Coimbra, e não ausente, para unir a família socialista no distrito de Coimbra, para ser verdadeiramente solidário e para organizar o partido”. Por fim, ainda disse que “sou uma pessoa de afectos e por isso não me esqueço do apoio recebido por todo o distrito. Se ganharmos estas eleições, Lisboa olhará para nós com o respeito de termos devolvido a esperança a muitos socialistas do distrito e cada um de vocês terá em mim um amigo”.
No próximo Sábado (25/Outubro/2008),
VAMOS VOTAR... LISTA A
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

domingo, 19 de outubro de 2008

Encontro em Vila Nova de Poiares

No âmbito da campanha para a presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, Mário Ruivo foi recebido por militantes de Vila Nova de Poiares.
Apresentou as razões da sua candidatura e as principais linhas programáticas daquela que espera ser a sua acção à frente dos destinos da Federação de Coimbra do PS.
Pelos militantes presentes, foi-lhe transmitido o fraco apoio da Federação àquela concelhia, tendo Mário Ruivo lamentado que “se tivesse chegado àquela situação de desmotivação”. Referiu que “era em concelhos onde nós somos oposição ao poder local que devemos ter uma ligação mais estreita”, não entendendo “que lógica possa haver quando alguns defendem que não devem existir estruturas locais do PS para melhor se definir uma estratégia autárquica”.
Reforçou a necessidade de se apoiar fortemente os candidatos do PS que protagonizam candidaturas e perdem, porque só assim se pode manter a coesão do partido e estimular o empenho nos actos eleitorais seguintes, lamentando a lógica que se instala de certas candidaturas negociarem previamente lugares na administração pública ou na lista de deputados. "Se tal é verdade, que não quero acreditar, mas que tenho ouvido por aí, como pode haver convicção de que se vai ganhar e existe empenho pessoal nessa candidatura?", perguntou Mário Ruivo para criticar alguns dos processos que se tem seguido nas eleições autárquicas e que têm causado resultados negativos.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Assumir a Diferença no "Acção Socialista"

Clique na imagem para ampliar.

Fórum: “NOVAS CAUSAS PARA O DISTRITO DE COIMBRA”

De acordo com o que foi programado pela Comissão de Candidatura de Mário Ruivo à presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, encerrou no passado Sábado (11/10/2008), na Casa Municipal da Cultura de Coimbra o ciclo de debates inserido nas “Novas Causas para o Distrito de Coimbra”.
Este fórum foi dividido em dois painéis. O primeiro, “Prioridade à Política”, moderado por Vieira Lopes, teve como convidados: Elísio Estanque, António Vilhena e Teresa Portugal; o segundo, “Coimbra como pólo potenciador do desenvolvimento distrital”, moderado por António Rochette, teve como convidados: Armando Carvalho, Pedro Bingre e Teresa Mendes.
Manuel da Costa, abriu este fórum relembrando todos os debates que foram anteriormente feitos, em especial o primeiro, realizado a 13/Maio/2008 no Café Santa Cruz e que foi moderado por António Amaro, que neste momento se encontra a recuperar duma complicada intervenção cirúrgica nos Hospitais da Universidade de Coimbra. O coordenador desta campanha mandou “um forte abraço de solidariedade ao nosso camarada e companheiro de direcção desta candidatura”, ao que todos se associaram com um forte aplauso e “desejo de rápidas melhoras”.
Sobre estes debates, informou que eles foram todos muito participativos e que contaram com a presença de muitos militantes e simpatizantes. Segundo disse Manuel da Costa, “a nossa preocupação é discutir política a sério e isso foi conseguido”.
Ao abrir o primeiro painel, Vieira Lopes reconheceu que com estes debates se voltou a discutir política e que ele próprio testemunhou isso mesmo naqueles que assistiu.
Elísio Estanque, que também participou na primeira conferência deste ciclo de debates, reforçou a importância do debate político dentro do partido, porque “quem não se envolve na política é governado pelos seus inferiores”, disse citando Aristóteles. Apesar de alguns não dignificarem os cargos que ocupam, defendeu que “há muita gente digna na política”. Defendeu que sem debate não há democracia e que esta pressupõe “conflitos de interesses” e que é preciso encontrar “consensos sem os confundir com unanimismos”. O problema, muitas vezes, é que “não se diz o que se pensa, mas aquilo que os outros querem ouvir”. É preciso “discutir com as lideranças de base e não só com as das cúpulas”.
António Vilhena, disse ter ficado “surpreendido mas honrado pelo convite” e, da sua análise, considerou que “chegámos a um estado de descrença política e o seu verdadeiro conceito tem vindo a ser alterado ao longo dos tempos”. Antes, “a política estava ligada à resistência e à ética”. Entendeu que para estar na política é preciso acreditar e que “está nesta candidatura porque acredita em Mário Ruivo”. Referiu também que “não há referências, porque hoje as figuras de primeira linha abdicaram da sua participação”, dando o protagonismo àqueles que estavam na segunda e terceira linhas.
Teresa Portugal teve a sua primeira participação nesta campanha eleitoral interna. Inicialmente optou por uma posição de reserva, mas que tem estado atenta a esta candidatura. Pelo que tem visto, disse: “vou votar no Mário Ruivo, apesar de não me ter comprometido nesta candidatura até agora”. Por isso, “Mário Ruivo pode contar com o meu voto” e referiu ainda que “não se pode dar a ideia que algo vai mudar, para depois ficar tudo na mesma”, daí acreditar que com esta candidatura isso não irá acontecer e que cada vez mais “é preciso mudar”.
No fim deste primeiro painel, Mário Ruivo interveio para “louvar a coragem de muitos que agora nos apoiam, como é o exemplo da Teresa Portugal”. Lembrou que “decidiu avançar sozinho”, mas que de imediato começaram a aparecer os apoios. Afirmou que “não quer mudar para que tudo fique na mesma, mas também é importante a postura dos nossos apoiantes, porque esta candidatura já não é só minha, mas é de todos nós”. A terminar, disse que lhe custa acreditar, que “camaradas que sempre estiveram contra o sistema, estejam agora numa posição neutral, quando ao fazê-lo estão a beneficiar o poder que contestam”.
O segundo painel foi mais de carácter técnico. António Rochette, moderador e membro da Comissão de Candidatura, disse que muitos temas importantes já foram tratados, mas há outros, como as “questões sociais”, que espera se venham a debater depois da vitória para a Federação.
Armando Carvalho, retratou pela sua experiência, as particularidades do litoral em relação às do interior, “onde as pessoas não se identificam com os sítios onde estão e têm uma fraca auto-estima”. O interior tem grandes potencialidades e “há que saber tirar partido delas”. Para o sucesso, defendeu que “as estratégias devem ser claras, de modo a não deixarem quaisquer dúvidas aos seus principais interessados”. Apesar da dificuldade em recrutar técnicos para o interior, disse que “alguns deles já são referências a nível nacional”.
Pedro Bingre, fez uma intervenção centrada nas razões e consequências da crise imobiliária, que “era previsível há poucos anos”. Não acredita que num futuro próximo este quadro melhore e admite mesmo que “daqui a um ano estamos bem pior”. Para este especialista, o que se está a passar agora é fruto da “especulação imobiliária ajudada pela banca, investindo-se cada vez mais no imobiliário e desinvestindo-se na indústria”. Segundo disse, só na grande zona de Coimbra, “há 90 mil casas novas”, que estão e continuarão a estar desocupadas.
Teresa Mendes centrou a sua intervenção mais no trabalho que faz no Instituto Pedro Nunes, onde se aposta no saber, colocando-o ao serviço das empresas. Elas “apresentam os seus problemas e nós estudamos as melhores respostas”, afirmou a ex-vereadora da Câmara Municipal de Coimbra, informando que “neste momento temos 100 empresas a colaborar com o Instituto e elas, na sua maioria, são constituídas por gente muito jovem”.
A terminar este painel e este fórum, António Rochette disse que “devemos cada vez mais falar em Região e menos em distrito, porque este só serve para a eleição dos deputados”. Para este professor universitário, “o conhecimento é a base do nosso desenvolvimento e deve ser colocado ao serviço da comunidade”. Em termos destas eleições internas para a Federação, disse que “como vamos ganhar, estes debates irão continuar”.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Mário Ruivo visita Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz

Dando seguimento à iniciativa "PS Presente", o candidato à Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, Mário Ruivo, foi recebido ontem, 15/Outubro, pelo presidente da Direcção da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, João Luís Cardoso e pelo vice-presidente da mesma Associação, José Couto.
No encontro, o candidato teve a oportunidade de auscultar algumas das principais preocupações da Associação quanto ao desenvolvimento económico da Figueira da Foz e de toda a área de influência do Baixo Mondego. Destaque dado, no plano externo, designadamente, à concretização da Plataforma Logística Centrologis, à regeneração dos centros urbanos, ao dinamismo da incubadora de empresas da Figueira da Foz; e no plano interno, à saúde financeira daquela estrutura associativa, aos vários serviços permanentemente disponibilizados aos associados e às preocupações de responsabilidade social que, notoriamente, ressaltam das reflexões feitas pelos referidos dirigentes.
Mário Ruivo teve a oportunidade de acompanhar a Associação nas principais preocupações enunciadas e, particularmente.
1. Na consideração de que a Plataforma Logística Centrologis se reveste de um interesse estratégico fundamental para dinamizar a economia distrital e regional;
2. Na convicção de que a regeneração dos centros urbanos é uma prioridade absoluta para recuperar a vocação residencial daquelas áreas e, consequentemente, revitalizar de forma sustentada o comércio tradicional, combatendo, também, a insegurança.
No final do encontro, ficou a disponibilidade do candidato para repetir encontros desta natureza, já na qualidade de presidente da Federação Distrital do PS/Coimbra; e para ser sempre porta-voz das preocupações sentidas pela sociedade civil, junto da Governação do País e das Autarquias.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Reunião de trabalho virou festa socialista

À medida que se aproxima a data da eleição do próximo presidente da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, aumenta a mobilização em torno da candidatura de Mário Ruivo.
Aquilo que era para ser uma reunião de trabalho (13/09/2008) com alguns representantes de secções, transformou a Sede da Candidatura, sita na Rua Mário Pais, nº 9, 1º (frente ao Restaurante Nacional), em Coimbra, numa autêntica festa socialista, onde a mobilização partidária foi o tema principal em prole do Partido Socialista de Coimbra.
Mário Ruivo agradeceu a presença de tanta gente e disse que isso também se deve à “campanha honesta que estamos a fazer”. Mostrou-se satisfeito em ver o “regresso de muitos camaradas ao partido” e alertou para o facto de “à medida que avança a campanha, aumentam os boatos, pelo que é preciso estar atento”. Para Mário Ruivo, “aconteça o que acontecer, iremos continuar a falar verdade e esta candidatura é para levar até ao fim”.
Manuel da Costa, coordenador da candidatura, referindo-se ao regresso de alguns fundadores do PS em Coimbra, perguntou: “Será que eu já não tenho espaço no partido que ajudei a fundar?”. Quem assim pensa está enganado, porque a sua determinação é maior que a sua idade e lembrou que “Mário Soares candidatou-se à Presidência da República aos 80 anos e teve o apoio do actual presidente da Federação”. A terminar, referiu que “foi a descredibilização do partido em Coimbra e da política em geral, que nos motivou a avançar com esta candidatura. Mais do que nós, é preciso que o partido ganhe a Federação”.
Para surpresa de muitos e para satisfação de Mário Ruivo, Paulo Valério fez questão de estar presente para lhe mostrar o seu total apoio nestas eleições federativas.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

Mário Ruivo visita instituições

No âmbito da campanha para a Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista e integrado na iniciativa “PS Presente”, anunciado recentemente à Imprensa, informamos que o candidato Mário Ruivo foi recebido hoje pelo presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz e que na próxima 6ª Feira, 18/10/2008, visitará a CGTP/Coimbra, UGT/Coimbra e ACIC.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

Jornal Assumir a Diferença

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O balão já não sobe!

Quando nos expomos publicamente sabemos que estamos sujeitos às mais diferentes opiniões, mas esse é um risco calculado. Vem isto a propósito da crónica anterior, “ A hora da mudança”, onde esgrimia argumentos sobre as vantagens dos militantes do Partido Socialista - que irão escolher os novos dirigentes federativos durante este mês de Outubro -, em não encherem um balão que já não sobe. Esperava algumas reacções, mas não podia imaginar que algumas pessoas identificadas com a “candidatura do aparelho”, tivessem tão mau humor e tão pouca tolerância intelectual. Eu posso tentar compreender o que eles sentiram, aliás, os carrascos de Garcia Lorca não o mataram porque ele era um guerrilheiro perigoso, mas porque as suas palavras faziam dele o Aquiles anti-franquista mais indesejável. Apesar deste paralelismo exagerado, serve para lembrar que as palavras podem ser usadas como argumento galáctico onde as fronteiras são semânticas. Os “soldadinhos” do voto não aceitam que o seu quintal seja visitado por aves intrusas, não aceitam a crítica e a diferença de opinião, são os mesmos que têm levado o andor qualquer que seja o padroeiro, são os mesmos que recorrem ao insulto fácil e à ameaça psicológica. Assim, a política partidária é uma escola de poucas virtudes e muitos vícios, é uma oportunidade perdida para educar as organizações de jovens que estão cada vez mais arredadas da participação cívica e, principalmente, dos partidos. Confesso que me questiono se vale a pena militar no Partido Socialista, em Coimbra. E a resposta é inequívoca: Vale a pena! Se for para mudar as pessoas que não querem mudar o PS.
Não me sinto incomodado com a crítica, mas com a cobardia dos argumentos daqueles que ousam manter tudo na mesma, para poderem levar o andor e ficarem com a bola, mesmo que isso signifique a solidão e o autismo político.
Não tinha pensado voltar a este tema das eleições do PS, mas faço-o, porque me sinto um livre pensador, não hipotecado a qualquer clube de bairro ou de sindicato de voto, porque assumo em consciência as minhas opções políticas e pessoais, porque valho por aquilo sou e não porque vou tomar café ou jantar com este ou aquele. Muitos militantes do PS telefonaram-me a elogiarem a crónica, “A hora da mudança”, mas com um pedido inquietante: não digas a ninguém que te telefonei. Há uma atmosfera ameaçadora que tenta silenciar as vozes desalinhadas com a “candidatura do aparelho”. Será nervosismo ou insegurança? Talvez as duas coisas. É insegurança porque há a percepção da revolta silenciosa dos militantes e a consequente penalização com o voto. É nervosismo, ou melhor, ansiedade porque a leitura antecipada dos seus argumentos tem sido sistematicamente posta em causa. Os dias que se seguem vão ser decisivos, os dias derradeiros de campanha vão servir para confirmarmos que só é possível mudar o PS, em Coimbra, se mudarmos as pessoas, se formos capazes de apresentar argumentos credibilizantes e sem receios de rupturas clarificadoras. Não é possível continuarmos a aceitar a lei da rolha, do medo, do embuste, do faz de conta, do silêncio cúmplice. Não adiante soprar para um balão que já não sobe, que já não nos permite sonhar, que já não nos motiva, que já não nos empolga, que já não tem sentido. Não adianta soprar para um balão que gastou a novidade e a convicção.
Dedico este artigo aos “críticos” que ainda não leram “Sobre a verdade e a mentira”, de Nietzsche.

António Vilhena
Artigo publicado no Diário de Coimbra - 09/10/2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Almoço com "Jovens Quadros"

No âmbito da iniciativa PS Presente, a candidatura de Mário Ruivo à Federação Distrital do PS Coimbra promoveu hoje, 12 de Outubro, um almoço de "Jovens Quadros", no Parque Verde do Mondego, que contou com a participação de 50 pessoas.
Esta realização, enquadrada no esforço que a candidatura tem vindo a desenvolver no sentido de abrir o PS Coimbra à sociedade e credibilizar a actividade política, pretende dar visibilidade e estímulo a diversos jovens socialistas que, pela sua experiência profissional, associativa ou académica constituem mais valias para o PS e que estão dispostos a participar mais activamente, na medida em que lhes seja proposta uma prática política renovada, fundada em princípios firmes e dirigida à transformação social.
Mário Ruivo considera que um dos principais factores de descredibilização da política é o afastamento dos melhores – mais competentes e mais preparados – em particular dos jovens, devendo o PS mobilizar-se para recuperar essa massa crítica e prestigiar a política, num movimento de ruptura com a prática recente, há muito ansiado pelos militantes e pelos cidadãos do Distrito. Exemplos de "generosidade, lucidez e responsabilidade democrática", foi como o candidato se dirigiu aos presentes, considerando que constituem uma esperança e uma energia positiva para o PS Coimbra.
No uso da palavra, Rodrigo Maia, apoiante da candidatura, mestre em Engenharia Electrotécnica e quadro de uma empresa de referência no sector, sediada em Coimbra, destacou a experiência, a competência, a ambição responsável e a filiação numa esquerda de valores como factores comuns à identidade dos presentes. Em particular, realçou o desprendimento face ao poder, que deve ser exercido como quem veste um "casaco incómodo", como garantia do seu sentido democrático. Para Rodrigo Maia, o "casaco incómodo" do poder só deve ser vestido enquanto "não assentar". De outra forma, perde-se, em absoluto, o sentido de serviço público.

LOUSÃ: Jantar de apoio a Mário Ruivo

Os militantes da Lousã ultrapassaram todas as melhores expectativas e encheram no passado dia 9/Outubro o Restaurante “A Cave”, para receber, ao som dos Vangelis, o candidato à presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista. Mário Ruivo foi agraciado com um forte e emotivo aplauso, prolongado e bem significativo do apoio que todos lhe queriam demonstrar.
António Marçal, Jorge Alves e Paulo Valério, usaram da palavra para mostrarem as razões porque apoiam Mário Ruivo. Em relação aos organizadores do jantar na Lousã, a que se juntaram muitos históricos locais do PS (Eugénio Simões Bernardo e João Madeira Marçal, entre outros), a mobilização que fizeram, com mais de 150 militantes, mostra que estes não têm medo e não seguem a voz de comando e que pensam pelas suas próprias cabeças. Foi um magnífico exemplo de maturidade política e um forte incentivo para a mudança que se espera na Federação de Coimbra. Estavam ali como militantes, despidos dos cargos que ocupam, e fizeram questão de o referir, dado que nestas eleições cada militante é dono do seu próprio voto.
Manuel da Costa empolgou os presentes, através duma intervenção cheia de história e de política. Segundo disse, “só regressei à política, para ajudar a credibilizar em Coimbra o partido que ajudei a fundar”. Apoia Mário Ruivo, porque “esta candidatura tem por objectivo recuperar o verdadeiro Partido Socialista”. O coordenador desta candidatura, galvanizou um salão a rebentar pelas costuras, afirmando que “é preciso recuperar os valores e as causas do PS e isso só se consegue com esta candidatura”. Mostrou-se indignado com muitas das coisas que se estão a passar, como: “hoje pergunta-se aos novos militantes onde estão empregados!? Mas o que é isto!?”, questionou na sua potente voz, para de imediato todos gritarem “PS..PS..PS..”.
Mário Ruivo relembrou que conhece bem a Lousã e as suas gentes, porque ali esteve vários anos. Perante uma sala cheia e agradecendo a presença de todos, conhecendo muitos deles, afirmou que “há muito que esta candidatura já não é minha, mas é de todos vós e de muitos outros que bem gostariam de aqui estar”. Acima de tudo, disse pretender “trazer o verdadeiro debate político para dentro do partido, onde os militantes possam emitir livremente as suas opiniões”.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

domingo, 12 de outubro de 2008

Mário Ruivo visita o Instituto Politécnico de Coimbra

Mais uma iniciativa da campanha de Mário Ruivo à Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista. Na senda de recuperar o contacto crucial e preponderante entre os actores políticos e as instituições que mais representam o distrito, dignificando-o, o movimento PS Presente reuniu à mesa, e em sede própria, o presidente do IPC (Instituto Politécnico de Coimbra), Professor Doutor José Manuel Torres Farinha, com o porvir presidente da federação, Mário Ruivo.
Recebido em casa, Mário Ruivo, mostrou-se desassossegado com as inquietações do IPC e, com a habitual diligência que pontua o candidato, ouviu-as, da voz do seu presidente:
1) a desatenção e desaproveitamento do QREN na Região Centro (ultima oportunidade estratégica, dentro do quadro de ajudas europeias, para a região ganhar robustez);
2) e a necessidade de implantação de uma sede, proporcional ao mérito da instituição pública, condigna para a cidade.
Por outro lado, maior, Mário Ruivo congratulou-se com o sucesso do instituto. Exemplo de solidez e sustentabilidade, e em conjuntura de crise que acentua ainda mais a sua digna gestão, o IPC conta com cada vez mais procura a jusante e a montante – vagas totalmente preenchidas e rara dificuldade em empregar os seus licenciados.
Mário Ruivo, felicitado pela acção, foi convidado a regressar àquela sua casa, ficando a ideia flutuante e cada vez mais delimitada, que a actual federação tem vindo progressivamente a esquecer-se das instituições que mais representam o distrito e o país.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

Encontro Ereira

Ereira recebeu candidatura de Mário Ruivo numa sessão muito participada e onde ocorreu um debate político de grande qualidade.

Partido Socialista Presente

No passado dia 08/10/2008, a Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo à presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, promoveu uma conferência de imprensa na sua sede de candidatura, sita na Rua Mário Pais, nº 9, em Coimbra, para que o candidato pudesse transmitir pessoalmente à Comunicação Social, entre outras coisas, o que esta candidatura pretende fazer quanto à ligação da futura direcção da Federação do PS, à Sociedade Civil do distrito de Coimbra.
Publica-se de seguida, a comunicação que o candidato Mário Ruivo fez à Imprensa:


“PS PRESENTE”
O PS foi sempre, na sua história, um Partido Aberto à Sociedade.
Como partido que disputa o poder no País e nas autarquias, o PS tem uma tradição de proximidade com as populações e, especialmente, com as instituições da sociedade civil: empresas, instituições de ensino, associações de estudantes, associações desportivas, organizações sindicais, movimentos sociais.
Hoje, no Distrito de Coimbra, não é comum, para não dizer que é raro, ver o actual líder da federação ao lado das suas instituições mais representativas.
Não se vê o PS nas empresas, como não se vê na universidade, ou junto dos movimentos sindicais ou ao lado dos movimentos sociais. O PS Coimbra tem-se demitido de ouvir a sociedade civil; divorciou-se dessa responsabilidade. Ao invés de ser o seu primeiro porta-voz, tem-se colocado à margem da sociedade, caminhando como um homem sozinho e perdido, num labirinto que ninguém compreende.
Por outro lado, a essência da política são mesmo as pessoas. E os partidos políticos, ao contrário de algumas instituições de sector, ou de profissão, não defendem interesses próprios. Defendem os interesses da sociedade como um todo. Os partidos políticos, principalmente os que têm vocação de poder como o PS, devem agregar a vontade dos cidadãos, interpretá-la e representá-la nos Governos do País e dos Municípios.
Não faz, por isso, sentido, que o PS não convoque a sociedade. Só dessa forma poderá ser respeitado e liderar.
Acresce também que os cidadãos estão à espera de um PS Coimbra pela positiva. O que as pessoas esperam de nós é um PS criativo, dinâmico e combativo. Que seja uma verdadeira força de mudança.
São estas as razões que justificam a iniciativa PS Presente.
Ao longo das próximas semanas, e até às eleições, a candidatura de Mário Ruivo a presidente da Federação Distrital do PS Coimbra – “Assumir a Diferença”estará próxima dos militantes, sem esquecer os cidadãos. Fará um esforço para, desta forma, prestigiar a actividade política e o PS em particular, apresentando propostas políticas concretas e centrando o debate eleitoral nas ideias, nos programas e nos projectos. Assim, desafiámos, nomeadamente, os responsáveis da Associação Académica de Coimbra, da Universidade, do Politécnico, das Associações empresariais de Coimbra, da Figueira da Foz e da Beira Serra, da UGT e da CGTP, entre outros, para partilharem, connosco, os seus anseios e as suas propostas.
Por outro lado, promoveremos no próximo domingo, dia 12, um almoço para “Jovens Quadros”, militantes do Partido Socialista, para os auscultar, para os acarinhar e para dar um sinal de que esta candidatura pretende um partido competente, preparado, rejuvenescido.
Julgamos ser assim que se dignifica a actividade política.
E acreditamos que esta é a melhor forma de estar à altura das muitas centenas de camaradas que, ao nosso lado, dão força a uma candidatura de mudança, que é imparável.
Mário Ruivo

Almoço com "Jovens Quadros"

No âmbito da campanha para a presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista e de acordo com o que foi informado em conferência de imprensa, Mário Ruivo irá hoje, 12/10/2008, participar num almoço com “Jovens Quadros”, o qual se irá realizar pelas 13 horas, no Restaurante “A Portuguesa”, no Parque Verde da cidade de Coimbra.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

sábado, 11 de outubro de 2008

Encontro em Cantanhede

Mário ruivo esteve em Cantanhede numa sessão com militantes daquela concelhia. Numa sessão muito participada Mário Ruivo foi critico da postura daqueles que se sentam à porta da sede para tentarem intimidar, lamentando que nesses estejam pessoas que deveriam saber estar em democracia.
Apresentou a sua linha de acção e seu programa, criticando duramente a estratégia autárquica da federação para aquele concelho e alertou que mais uma vez alguns dos camaradas com responsabilidade em Cantanhede se deixaram embalar pelo "canto da sereia".
Agradeceu contudo o forte apoio que ali tem e que vai surpreender em 25 de Outubro.

Encontro em Lamarosa

No âmbito da campanha para a presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, Mário Ruivo foi recebido por militantes da secção da Lamarosa com afecto, camaradagem e abertura às suas propostas de mudança para a Federação.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Fórum "Novas Causas para o Distrito de Coimbra"

No próximo Sábado, dia 11, pelas 14h na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, realiza-se o fórum "Novas Causas para o Distrito de Coimbra" promovido por esta candidatura.

Com este fórum, queremos prestigiar a actividade política e o PS, em particular, apresentando propostas políticas concretas e centrando o debate eleitoral nas ideias, nos programas e nos projectos.

Este fórum terá 2 painéis, sendo o primeiro dedicado às "Prioridades da Política" como:
  • Teresa Portugal;
  • Elísio Estanque;
  • António Vilhena.
  • Moderador: Vieira Lopes.
O segundo painel será às 16h subordinado ao tema "Coimbra como pólo potenciador do desenvolvimento distrital" como:
  • Armando Carvalho;
  • Pedro Bingre;
  • Teresa Mendes.
  • Moderador: António Rochette.

Contamos com a sua presença.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Jantar de Apoio na Lousã

sábado, 4 de outubro de 2008

Conferência: “Empreendedorismo e Inovação”

No âmbito da campanha para a presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, realizou-se no passado dia 25/Setembro/2008, no Salão dos Bombeiros Voluntários de Tábua, uma sessão subordinada ao tema: "Empreendedorismo e Inovação”, integrada no ciclo de debates “Novas Causas para o Distrito de Coimbra”.
Esta conferência foi moderada por Ivo Portela, presidente da Câmara Municipal de Tábua e teve a participação de Manuel da Costa, A. Nabais e capitão Marques.
Manuel da Costa, fez uma análise geral do país e do distrito, mostrando-se preocupado com alguns dados oficiais que têm vindo a público, concretamente naquilo que diz respeito à Zona Centro. Para este ex-deputado e ex-dirigente socialista,”no futuro não vai haver empregos, mas vai haver trabalho”, pelo que “as actuais e as novas gerações vão ter que se adaptar a esta nova realidade”.
A. Nabais, mostrou-se crítico em relação a algumas obras municipais, defendendo que “em vez de se fazer mais uma rotunda, as câmaras municipais deviam assumir um capital de risco de investimentos para projectos inovadores”.
Para o capitão Marques, que centrou a sua intervenção mais nos aspectos sociais, além de fazer uma análise geral sobre esta preocupante temática, alertou para que a sociedade “tenha uma preocupação social relativamente aos mais idosos”, investindo em serviços de cuidados continuados, mais ainda quando se prevê um maior aumento da população idosa portuguesa.
Mário Ruivo mostrou-se satisfeito pela participação de todos os presentes, considerando que “ao contrário do que às vezes se pensa e se diz, as pessoas estão disponíveis para discutir política a sério”. No fundo, é essa a razão principal da sua candidatura e o sucesso deste ciclo de debates são a prova disso.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

Encontro em Condeixa-a-Nova

No âmbito da campanha para a presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, Mário Ruivo reuniu-se com os militantes desta concelhia.
No início da sua intervenção, o candidato mostrou a sua determinação nesta eleição e a convicção da sua vitória, porque ela “assenta na vontade de muitos militantes em alterarem o estado a que chegou o PS em Coimbra”. Para Mário Ruivo, “é preciso que o partido se abra cada vez mais à sociedade, porque é para o bem-estar das populações que os socialistas trabalham”. Não faz sentido falar em circuito fechado, pelo que defende um “debate aberto com militantes, simpatizantes e sociedade em geral”. Segundo o candidato, “só assim vale a pena fazer política”.
Além do apoio expresso que os militantes transmitiram ao candidato à liderança da Federação, quiseram também saudá-lo pela forma séria com tem feito a sua campanha, mostrando que era “possível participar numa campanha interna com elevação”
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

Encontro em Souselas

No âmbito da campanha para a presidência da Federação do PS/Coimbra, Mário Ruivo reuniu com a secção de Souselas.
Além de apresentar as razões da sua candidatura, informou que só agora está a visitar muitas das secções do PS, dado que, como explicou: “durante a campanha que houve recentemente para as secções e para as concelhias, não participei propositadamente em nenhuma acção de campanha”. Com esta atitude, o candidato mostrou a sua isenção em relação às várias candidaturas, dado que o seu grande objectivo é “unir o partido para os importantes actos eleitorais que vão decorrer no próximo ano”.
Houve ainda oportunidade para os presentes tirarem todas as dúvidas e darem a conhecer o estado actual daquela secção do partido.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Entrevista de Mário Ruivo ao Diário de Coimbra

“Coimbra não tem sabido escolher os melhores caminhos e as melhores personalidades”

Diário de Coimbra - O que motiva a sua candidatura?
Mário Ruivo -
O que está por trás é a necessidade que existe no PS de voltarmos às referências ideológicas, aos valores aos princípios fundamentais. É essa a base da candidatura e a possibilidade que tem de ser concedida num partido de ter um debate político, aberto e plural, virado para a solidariedade e para a articulação com a sociedade civil.

DC - Que balanço faz dos últimos mandatos da Federação Distrital?
MR - Não é obviamente positivo. Não se trata de uma questão pessoal, mas sim de uma questão política. Entendo que o poder muitas vezes desgasta-se pela falta de ambição, pela falta de conscicência crítica. Ao tentar-se o pensamento único criam-se movimentos fechados prejudiciais ao partido. É uma das grandes lacunas dos partidos políticos hoje e que está generalizada. Necessitamos de fazer este combate ideológico para voltar à essência da democracia, que é o debate das ideias e das convicções.

DC - E como está a correr o seu trabalho no terreno?
MR -
Muito bem. Tenho assistido às maiores manifestações de marketing e de utilização de referências. Mas, os militantes são pessoas ligadas ao partido e pensam pela sua cabeça. E tomam as posições sem seguirem as referências. Este também foi um dos objectivos. Não excluir ninguém, mas já se sabe que terá de passar por uma fase de ruptura com personalidades ligadas ao aparelho.

DC - Quer concretizar a questão das manifestações de marketing...
MR - Quando se começam a invocar apoios, números de apoios e um conjunto de elementos que possam criar a ilusão da vitória, quando as pessoas têm de avaliar o que estão a tentar esconder. Se estiverem atentos, percebe-se que algo se está a tentar esconder.

DC - Mas o que é que acha que Victor Baptista está a tentar esconder?
MR - O seu desgaste, a sua falta de consistência e, o que é preocupante, as suas verdadeiras razões de candidatura. Fundamentalmente a tentar iludir com um conjunto de promessas situações em que se utilizam as fragilidades de alguns militantes que precisam da solidariedade do partido. Mas, pelo menos espero que cumpram todas as promessas antes das eleições.

DC - Mas já o têm acusado de utilizar o seu cargo na Segurança Social em proveito da sua candidatura...
MR - Já assisti às mais disparatadas acusações e isso é puxar o debate para o campo onde ele (Victor Baptista) sempre germinou, que é o debate pessoal, da pura intriga e maldicência. Como dizia o secretário geral a pior coisa é a política medíocre e da mera acusação sem qualquer fundamentação e muitas das vezes isso não é mais do que o resultado dos nossos fantasmas pessoais.

DC - E quais são, então, as verdadeiras razões da recandidatura do presidente da distrital?
MR - Penso que deve tornar claro como é que o partido está nesta situação, com duas concelhias ao abandono (Poiares e Pampilhosa da Serra). Como é que diz que não pretende avocar qualquer candidatura à Câmara mas depois fala em votações prévias. Como consegue conciliar a não existência de intromissão nas concelhias e depois vem decidir que por razões políticas não há eleições nas concelhias das Pampilhosa e Poiares. E o que é que leva uma camarada a dizer que é candidata a uma Câmara com o apoio da Federação e ele não recusa. Tudo isto tem a ver com a distribuição de poder, com tentativas de não permitir que os militantes se pronunciem. Há ainda uma outra razão. Como é que tendo deixado ao abandono as secções, pretende ser candidato para ir ao Parlamento Europeu, como uma rampa de lançamento mas não o diz claramente. Se é esse o seu desejo, deve dizer com verdade quem é o número dois. Quem fica no distrito a fazer o trabalho politico que já devia ter sido feito nos últimos anos.

DC - Falava há pouco de jogos de poder na política. Isso não é mais do que acontece um pouco por todo o país, em quase todos os partidos.
MR -
Mário Soares dizia há algumas semanas que há uma noção hoje da chamada política do imediato, da “real politic”, do sucesso a todo o custo. Mas eu sou de Esquerda e até tenho mais anos de militância socialista do que Victor Baptista. Isso não é relevante em termos de militância mas é-o no que são os princípios e a forma de estar na política. Convivi com personalidades do PS que desde o início me transmitiram que a política se faz de valores e de princípios e este jogo de poder é a consequência da afirmação e da vitória das ideias que nós queremos desenvolver. Não pode ser ao contrário. Não pode ser ter o poder para depois impormos as ideias. Isso é próprio dos regimes ditatoriais. O poder tem de ser uma consequência.

DC - E quais são as suas ideias?
MR -
Dizer a verdade aos militantes, ser frontal nas posições assumidas e voltar aos valores da esquerda, valores sociais para que se possa quebrar o desencanto da população face aos políticos. Hoje a população não acredita nos políticos. Este é um estigma criado fruto de um conjunto de procedimentos mas os políticos também têm dado um contributo importante para essa descredibilização. Os eleitores têm de acreditar nos projectos e nas pessoas e essas pessoas têm de saber que estão mandatadas para cumprir o que andaram a prometer. Vou garantir que os militantes serão respeitados, que as estruturas serão respeitadas e que as escolhas serão feitas ouvindo todos os que têm de ser ouvidos e não andarmos a fazer negociações ou meras imposições de personalidades. Repare, o que distingue a esquerda da direita é que a esquerda vive dos valores e a direita vive dos interesses. Mas, como dizia há dias o meu camarada Manuel da Costa, há aqui uma outra nota determinante da diferenciação. É que a pessoa de esquerda tem desapego do poder e quando entende que há outros melhores para desenvolver a sociedade e o partido não tem problemas em sair e voltar à militância de base. Um elemento com ideias de direita, defensor dos interesses e do poder, tenta não largar o poder a todo o custo.

DC - Quais são os objectivos mínimos para a futura Federação Distrital as próximas três eleições?
MR -
Ajudar o PS a nível nacional a ganhar com maioria absoluta as legislativas, fruto do trabalho sério desenvolvido no país, ganhar as europeias e obviamente tentar manter as Câmaras do PS e conquistar mais algumas. Mas, atenção, não há salvadores de última hora e não se ganham eleições em seis meses. As escolhas para as câmaras já deviam estar no terreno há algum tempo, mesmo que em circuito fechado, debatidas e escolhidas. Devia haver uma orientação da federação para que em cada concelho já estivesse definido o perfil e o putativo candidato para se começar a fazer trabalho político.

DC - Sim, mas a nível local, concretize a “meta”.
MR - Nas legislativas ter seis deputados eleitos é um óptimo resultado. A ambição tem de ser manter. Nas Câmaras, devemos manter as que temos e ganhar pelo menos mais duas ou três, Coimbra, Figueira da Foz, Oliveira do Hospital e também acredito na possibilidade de conquistar a Câmara de Arganil.

DC - Coimbra tem perdido importância no panorama nacional. Uma questão agravada com as saídas de vários organismos do Estado.
MR -
É tudo consequência. Coimbra, o distrito, tem perdido alguma importância a nível nacional porque Coimbra não tem sabido escolher os melhores caminhos e as melhores personalidades para defender o distrito. É o problema de deixarmos de andar neste processo das escolhas em função dos amigos, das relações pessoais, dos interesses em vez de escolhermos os que devem ser os verdadeiros protagonistas nem que para isso tenhamos de ficar na retaguarda. Nas listas é tão importante o primeiro como o décimo de uma lista. Todos têm de ser acarinhados porque deram um contributo importante.

DC - Que caminhos aponta para o desenvolvimento do distrito.
MR -
Aproveitar, por exemplo, a floresta porque é uma das grandes riquezas que temos. Mas, fundamentalmente, já o referi, há uma relação a criar entre a sociedade empresarial, a universidade e os políticos. Têm todos que fazer um debate alargado. A Universidade de Coimbra também necessita de ganhar confiança nesta relação com as empresas, com os concelhos, com as potencialidades de conhecimento, com os recursos disponíveis. Por isso tenho organizado vários debates. Ninguém pode ter a solução e vir prometer não sei quantos postos de trabalho. Não se resolve assim. Tem de se deixar de pensar na política do imediato e pensar sim em projectos que, por exemplo, ajudem à fixação da população, uma vez que a desertificação é um problema em crescimento. Nestes debates, tenho encontrado um conjunto de pessoas, entre elas muitos jovens, que têm apresentado contributos importantes que vão ser utilizados para um fórum que vamos organizar a 11 de Outubro. Pessoas que não vinham antes ao partido porque não havia debate.

DC - Para terminar, perguntava-lhe se tal como aconteceu na concelhia de Coimbra também na Federação Distrital, após uma campanha “quente e aguerrida”, será possível registar-se uma pacificação e até uma convergência como sucedeu entre Henrique Fernandes e Carlos Cidade?
MR -
A minha posição é a de tentar unir a grande família socialista. Como o meu debate não é de cariz pessoal, não tenho rancor nem entro na pequena política. Estou disponível para unir e acolher na federação todos aqueles que tragam contributos importantes e venham debater política.

Entrevista publicada no Diário de Coimbra – 30-09-2008
Feita por: João Luís Campos