Aproximam-se as eleições para a Federação Distrital do Partido Socialista onde concorrem duas candidaturas: a do actual dirigente, Victor Baptista, há pelo menos dois mandatos – tempo suficiente... -, e a do camarada Mário Ruivo, actualmente a desempenhar funções de grande responsabilidade pública, como Presidente do Conselho Regional da Segurança Social de Coimbra. Os militantes do PS vão ser chamados a escolher entre uma “liderança” desgastada e uma clara liderança motivada e com ideias; entre uma “liderança” sem projecto e uma liderança mobilizadora do melhor que o Partido tem: as competências técnicas, científicas e humanas daqueles que sempre acreditaram em causas e valores.
E digo que a escolha dos militantes neste acto eleitoral é a mais fácil de sempre: está em causa escolher entre um passado “sem história” - onde o P. S. no Distrito de Coimbra perdeu a sua identidade, tendo sido decapitado completamente do debate interno – e uma corajosa opção de mudança e de responsabilidade, capaz de devolver o Partido Socialista aos seus militantes, aqueles que se emocionam quando erguem a bandeira de fundo vermelho com o punho fechado. E quando digo devolver o Partido aos militantes, quero dizer exactamente que actualmente a “liderança”do camarada Victor Baptista representa apenas um projecto pessoal de sobrevivência política, onde nem aqueles que o apoiaram no passado se revêm e muito menos acreditam. Aqueles que no passado, como eu, acreditaram, lutaram, sofreram pelo projecto que Victor Baptista defendeu quando se opôs ao camarada Luís Parreirão. Importa recordar que Victor Baptista, nesse congresso distrital, foi indignamente tratado por aqueles que hoje são os seus mais próximos seguidores e colaboradores. O tempo ajuda a interpretar a “amizade” e o sentido de algumas aproximações.
Compreende-se que o poder, quando é exercido demasiado tempo, desgasta, desmotiva e, principalmente, vicia os métodos e entorpece as ideias. Talvez tenha sido isso o que aconteceu nos últimos anos na Federação do PS de Coimbra. Como se compreende que Coimbra tenha perdido peso político nas esferas de poder nacional? Apenas porque os seus interlocutores, do PS, não representam essa importância, não são vistos pelos seus pares como merecedores desse reconhecimento. E esta questão não é apenas penalizadora para o nosso Partido é, essencialmente, para Coimbra, para uma região que se habituou ao longo da sua história a ter voz respeitada junto das instâncias do poder central.
A candidatura de Mário Ruivo surge num contexto de mudança e de inconformismo com a letargia que atravessa a estrutura do Partido, e apresenta um projecto de diálogo e de construção de uma nova credibilidade dentro e fora, onde os militantes sejam sempre parte activa na construção de uma sociedade mais justa e onde a condição humana seja dignificada. O autismo e a surdez política são muitas vezes as causas das derivas dos dirigentes. Quero aqui deixar uma palavra de grande admiração ao camarada Reis Marques pelo esforço e dedicação pessoal, de permanente aconselhamento ao camarada Victor Baptista, mas que este nem sempre ouve e segue, infelizmente. Na vida nem sempre se ganha, mas as convicções, as causas, os valores são inegociáveis e, por isso, acredito que os militantes do Partido Socialista saberão escolher o melhor projecto para dignificar uma região que está carente e desconsiderada.
À medida que se aproxima o acto eleitoral é quase normal que cresça a pressão sobre cada militante para decidir o seu apoio. E, também, é quase “normal” a prática de coações para induzirem a orientação de voto. Estou certo que os militantes irão escolher em liberdade de consciência o melhor para o futuro da Federação de Coimbra. Irão fazê-lo para “mudar as coisas”, para renovar e inovar. Dentro do PS respira-se uma onda de mudança, que se quer e se deseja. Estou certo de que esse desejo vai ter a sua expressão no voto secreto dos militantes, para darem um novo rumo a uma Federação moribunda e descredibilizada. Chegou a hora da mudança.
António Vilhena
E digo que a escolha dos militantes neste acto eleitoral é a mais fácil de sempre: está em causa escolher entre um passado “sem história” - onde o P. S. no Distrito de Coimbra perdeu a sua identidade, tendo sido decapitado completamente do debate interno – e uma corajosa opção de mudança e de responsabilidade, capaz de devolver o Partido Socialista aos seus militantes, aqueles que se emocionam quando erguem a bandeira de fundo vermelho com o punho fechado. E quando digo devolver o Partido aos militantes, quero dizer exactamente que actualmente a “liderança”do camarada Victor Baptista representa apenas um projecto pessoal de sobrevivência política, onde nem aqueles que o apoiaram no passado se revêm e muito menos acreditam. Aqueles que no passado, como eu, acreditaram, lutaram, sofreram pelo projecto que Victor Baptista defendeu quando se opôs ao camarada Luís Parreirão. Importa recordar que Victor Baptista, nesse congresso distrital, foi indignamente tratado por aqueles que hoje são os seus mais próximos seguidores e colaboradores. O tempo ajuda a interpretar a “amizade” e o sentido de algumas aproximações.
Compreende-se que o poder, quando é exercido demasiado tempo, desgasta, desmotiva e, principalmente, vicia os métodos e entorpece as ideias. Talvez tenha sido isso o que aconteceu nos últimos anos na Federação do PS de Coimbra. Como se compreende que Coimbra tenha perdido peso político nas esferas de poder nacional? Apenas porque os seus interlocutores, do PS, não representam essa importância, não são vistos pelos seus pares como merecedores desse reconhecimento. E esta questão não é apenas penalizadora para o nosso Partido é, essencialmente, para Coimbra, para uma região que se habituou ao longo da sua história a ter voz respeitada junto das instâncias do poder central.
A candidatura de Mário Ruivo surge num contexto de mudança e de inconformismo com a letargia que atravessa a estrutura do Partido, e apresenta um projecto de diálogo e de construção de uma nova credibilidade dentro e fora, onde os militantes sejam sempre parte activa na construção de uma sociedade mais justa e onde a condição humana seja dignificada. O autismo e a surdez política são muitas vezes as causas das derivas dos dirigentes. Quero aqui deixar uma palavra de grande admiração ao camarada Reis Marques pelo esforço e dedicação pessoal, de permanente aconselhamento ao camarada Victor Baptista, mas que este nem sempre ouve e segue, infelizmente. Na vida nem sempre se ganha, mas as convicções, as causas, os valores são inegociáveis e, por isso, acredito que os militantes do Partido Socialista saberão escolher o melhor projecto para dignificar uma região que está carente e desconsiderada.
À medida que se aproxima o acto eleitoral é quase normal que cresça a pressão sobre cada militante para decidir o seu apoio. E, também, é quase “normal” a prática de coações para induzirem a orientação de voto. Estou certo que os militantes irão escolher em liberdade de consciência o melhor para o futuro da Federação de Coimbra. Irão fazê-lo para “mudar as coisas”, para renovar e inovar. Dentro do PS respira-se uma onda de mudança, que se quer e se deseja. Estou certo de que esse desejo vai ter a sua expressão no voto secreto dos militantes, para darem um novo rumo a uma Federação moribunda e descredibilizada. Chegou a hora da mudança.
António Vilhena
Publicado no Diário de Coimbra a 25/09/2008
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