Tal como estava previsto, decorreu em Oliveira do Hospital uma conferência subordinada ao tema: “Desenvolvimento Sustentável do Mundo Rural – do Pinhal à Beira Serra”. Estes encontros estão inseridos no ciclo de debates “Novas Causas para o Distrito de Coimbra”, integrados na campanha de Mário Ruivo à presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista.
A abrir esta sessão, Manuel da Costa, coordenador da Comissão de Candidatura de Mário Ruivo, justificou a razão porque estamos a realizar estas conferências, dizendo que “queremos ouvir as pessoas, militantes e independentes, porque não somos os detentores da verdade e queremos ouvir o maior número de opiniões. Acima de tudo, queremos por o partido a debater, de modo a procurar as melhores propostas para as populações da Região Centro”.
A sessão foi moderada por José Francisco Rolo, presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Oliveira do Hospital e contou com a participação de António Campos (ex-eurodeputado), Sérgio Correia (especialista em floresta) e António Rochette (professor universitário).
José Francisco Rolo mostrou-se agradado pela iniciativa da candidatura em ir a Oliveira do Hospital debater as questões daquela região, enchendo por completo o salão do Hotel São Paulo, onde estiverem cerca de uma centena de pessoas, referindo que “é importante preservar o mundo rural como factor sustentável e como forma de manter e cativar as pessoas para esta região. O desenvolvimento sustentável está ligado a várias áreas, a começar pela própria economia”.
O professor universitário António Rochette, referiu-se à importância destes debates junto das populações e alertou para o problema do “envelhecimento da população e do abandono do mundo rural”. Esse abandono, além de outras razões, também está ligado ao facto de “muita da floresta pertence a pessoas que moram em Coimbra e Lisboa”. Defende a “divisão administrativa”, como forma de colmatar alguns dos problemas das zonas rurais e referiu que “é preciso olhar a serra duma forma diferente, como é o bom exemplo das aldeias de xisto”.
Para o especialista Sérgio Correia, “a floresta é importante no nosso concelho e é um excelente activo líquido”, para quem “ainda há um grande potencial de exploração da própria floresta”. Embora este ano tenha sido de alguma “sorte” em relação aos fogos, lembrou que “em 2003 sofremos uma catástrofe. As áreas ardidas não servem a ninguém, nem sequer para as celuloses”. Sérgio Correia defende que é preciso atrair os jovens e que “a gestão das florestas tem de ser feita por gestores profissionais”.
António Campos, ex-eurodeputado, congratulou-se pela iniciativa dos debates, como essencial na vida partidária. “Houve uma grande crise de alimentos, porque houve um grande desenvolvimento da Índia”, referiu o ex-eurodeputado numa perspectiva mais global, dizendo que “hoje já se diz que em 2030 não haverá floresta na Europa, devido às pressões dos bens alimentares”. Num âmbito mais nacional e local, António Campos é crítico em relação às prioridades, onde os responsáveis “em vez de se preocuparem como se trata a floresta, estudam como combater os fogos. Há florestas que estão em sítios que nunca deviam lá estar. São erros que se pagam caros. As folhosas são a essência das florestas da nossa zona”. Defendeu que “a floresta é duma riqueza extraordinária, mas estamos a produzir madeiras sem qualquer valor e a depois importamos madeiras de qualidade, como o carvalho e o castanheiro”. Para o ex-secretário de Estado da Agricultura e do Fomento Agrário e neste momento o maior produtor de maça bravo de Esmolfe, “o mundo rural bateu no fundo”, esperando que as entidades que gerem as Zonas de Intervenção Florestal /ZIF), “não estejam só à espera dos fundos comunitários”.
No final das intervenções da mesa, houve lugar para o fundamental debate, com alguns dos muitos presentes a colaborarem activamente para a discussão dum tema que conhecem bem, porque o vivem no dia-a-dia.
A terminar a sessão, Mário Ruivo sentiu-se satisfeito pelos contributos recebidos neste debate, porque, como disse, “o que queremos é ouvir as pessoas e receber os contributos de todos, com as mais variadas experiências. Estes debates também servem para aparecerem novos elementos e para o regresso daqueles que têm estado afastados”. Para Mário Ruivo, a realização destes debates, “é uma forma de estarmos a regressar aos princípios do Partido Socialista e com eles aparecem novos valores”.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação
A abrir esta sessão, Manuel da Costa, coordenador da Comissão de Candidatura de Mário Ruivo, justificou a razão porque estamos a realizar estas conferências, dizendo que “queremos ouvir as pessoas, militantes e independentes, porque não somos os detentores da verdade e queremos ouvir o maior número de opiniões. Acima de tudo, queremos por o partido a debater, de modo a procurar as melhores propostas para as populações da Região Centro”.
A sessão foi moderada por José Francisco Rolo, presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Oliveira do Hospital e contou com a participação de António Campos (ex-eurodeputado), Sérgio Correia (especialista em floresta) e António Rochette (professor universitário).
José Francisco Rolo mostrou-se agradado pela iniciativa da candidatura em ir a Oliveira do Hospital debater as questões daquela região, enchendo por completo o salão do Hotel São Paulo, onde estiverem cerca de uma centena de pessoas, referindo que “é importante preservar o mundo rural como factor sustentável e como forma de manter e cativar as pessoas para esta região. O desenvolvimento sustentável está ligado a várias áreas, a começar pela própria economia”.
O professor universitário António Rochette, referiu-se à importância destes debates junto das populações e alertou para o problema do “envelhecimento da população e do abandono do mundo rural”. Esse abandono, além de outras razões, também está ligado ao facto de “muita da floresta pertence a pessoas que moram em Coimbra e Lisboa”. Defende a “divisão administrativa”, como forma de colmatar alguns dos problemas das zonas rurais e referiu que “é preciso olhar a serra duma forma diferente, como é o bom exemplo das aldeias de xisto”.
Para o especialista Sérgio Correia, “a floresta é importante no nosso concelho e é um excelente activo líquido”, para quem “ainda há um grande potencial de exploração da própria floresta”. Embora este ano tenha sido de alguma “sorte” em relação aos fogos, lembrou que “em 2003 sofremos uma catástrofe. As áreas ardidas não servem a ninguém, nem sequer para as celuloses”. Sérgio Correia defende que é preciso atrair os jovens e que “a gestão das florestas tem de ser feita por gestores profissionais”.
António Campos, ex-eurodeputado, congratulou-se pela iniciativa dos debates, como essencial na vida partidária. “Houve uma grande crise de alimentos, porque houve um grande desenvolvimento da Índia”, referiu o ex-eurodeputado numa perspectiva mais global, dizendo que “hoje já se diz que em 2030 não haverá floresta na Europa, devido às pressões dos bens alimentares”. Num âmbito mais nacional e local, António Campos é crítico em relação às prioridades, onde os responsáveis “em vez de se preocuparem como se trata a floresta, estudam como combater os fogos. Há florestas que estão em sítios que nunca deviam lá estar. São erros que se pagam caros. As folhosas são a essência das florestas da nossa zona”. Defendeu que “a floresta é duma riqueza extraordinária, mas estamos a produzir madeiras sem qualquer valor e a depois importamos madeiras de qualidade, como o carvalho e o castanheiro”. Para o ex-secretário de Estado da Agricultura e do Fomento Agrário e neste momento o maior produtor de maça bravo de Esmolfe, “o mundo rural bateu no fundo”, esperando que as entidades que gerem as Zonas de Intervenção Florestal /ZIF), “não estejam só à espera dos fundos comunitários”.
No final das intervenções da mesa, houve lugar para o fundamental debate, com alguns dos muitos presentes a colaborarem activamente para a discussão dum tema que conhecem bem, porque o vivem no dia-a-dia.
A terminar a sessão, Mário Ruivo sentiu-se satisfeito pelos contributos recebidos neste debate, porque, como disse, “o que queremos é ouvir as pessoas e receber os contributos de todos, com as mais variadas experiências. Estes debates também servem para aparecerem novos elementos e para o regresso daqueles que têm estado afastados”. Para Mário Ruivo, a realização destes debates, “é uma forma de estarmos a regressar aos princípios do Partido Socialista e com eles aparecem novos valores”.
Saudações socialistas.
Pel'A Comissão Coordenadora da Candidatura de Mário Ruivo
O Director de Comunicação
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